Quando a mãe era pequena

Há coincidências do caraças (palavra que a minha filha usou neste fim-de-semana pela primeira vez e segundo ela e a restante família confirma, por minha culpa -ops). A semana passada resolvi ir buscar algumas fotos minhas ,aos álbuns de família e ia aqui colocar por graça e sobretudo porque me dão um misto de nostalgia e reconforto- deve ser o Outono a chegar e a começar a fazer das suas, ou então esta dúvida que teimo em confirmar....Mas depois de a minha sobrinha do meio ter recebido, na sua festa de Sábado à tarde, este livro, tudo fez ainda mais sentido. Para além de ter umas ilustrações lindíssimas que lhes captam a atenção , conseguimos explicar-lhes que quando éramos pequenos (sim, também já o fomos) havias muitas coisas diferentes e outras que são (ou pelo menos deveriam manter-se) intemporais. Eu adoro contar ( é também uma terapia para me forçar a recordar dessa altura) e ela adora ouvir , saber e descobrir ! Já aqui tinha dito que as suas histórias preferidas são as que eu conto baseadas nas histórias das (nossas) antigas gerações, por isso este livro é quase a materialização de uma parte - a que é comum- de todos nós. Curioso é também o facto de eu já ter pensado em materializar precisamente esta ideia, mas só para os de "casa"...quem sabe se agora não me volto a entusiasmar. E ainda por cima o Natal está a chegar. Bem o melhor é não falar mais para não estragar possíveis surpresas.

A outra parte boa desta história foi a de ter descoberto uma série de outros livros da mesma editora (máquina de voar) que são simplesmente deliciosos e deslumbrantes. Fica então aqui também a dica, pois bem me lembro de aqui há tempos ter andado a subir as paredes, em busca de leituras simples e de fácil compreensão : a estranha história do príncipe que inventou o abecedário e outra para crianças um pouco mais velhas mas que é demasiado actual para não se ter,  o meu pai esta desempregado. Acabaram-se as desculpas e toca a ler , inventar e sonhar ....