segunda-feira, 23 de abril de 2012

Dor-sabafo

Passamos o tempo da vida a tentar comunicar, a aprender , a ser aliciados e criar ligações, desde o momento em que acordamos até ao momento em que vamos dormir, pensando que finalmente teremos algum descanso. Mas depois começamos a sonhar e o inconsciente lança-nos mais perguntas e empurra-nos para o abismo das hipóteses, como se nos quisesse dizer qualquer coisa. Qual enredo mais esdrúxulo do David Lynch qual quê! São horas na Internet, conversas banais ao telefone, montes de links, leituras na horizontal, imagens que se amontoam. E no meio disto tudo há a vida real. Os encontros com os amigos cada vez mais fugazes, as conversas com os conhecidos são banais, a família que ter que ser cuidada, é muita informação! É nesta tentativa de não querermos deixar-nos ficar para trás, de querermos mais e melhor, que nos excedemos. Há uma altura em que devemos dizer chega, um momento em que temos simplesmente que parar de (re)pensar.  E tudo aquilo que precisamos é apenas e só de silêncio.

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