Passamos o tempo da vida a tentar comunicar, a aprender , a ser aliciados
e criar ligações, desde o momento em que acordamos até ao momento em que vamos
dormir, pensando que finalmente teremos algum descanso. Mas depois começamos a
sonhar e o inconsciente lança-nos mais perguntas e empurra-nos para o abismo
das hipóteses, como se nos quisesse dizer qualquer coisa. Qual enredo mais
esdrúxulo do David Lynch qual quê! São horas na Internet, conversas banais ao
telefone, montes de links, leituras na horizontal, imagens que se amontoam. E
no meio disto tudo há a vida real. Os encontros com os amigos cada vez mais
fugazes, as conversas com os conhecidos são banais, a família que ter que ser
cuidada, é muita informação! É nesta tentativa de não querermos deixar-nos ficar para trás, de
querermos mais e melhor, que nos
excedemos. Há uma altura em que devemos dizer chega, um momento em que temos
simplesmente que parar de (re)pensar. E tudo aquilo que precisamos é apenas e só de silêncio.
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