Escrevi e reescrevi e não sei por que ponta lhe pegue, mas para começar estou triste e abalada e temerosa e sobretudo demasiado pensativa. Ontem soube que mais um casal de amigos, de longa data, se separou. Bolas! quando pensas que há algumas histórias de Amor que são, dentro dos padrões naturais de cada relação com os respectivos altos e baixos e fases e momentos, quase perfeitas mas que afinal também são falíveis e acabam, dá que pensar. Tenho a sensação que os castelos de cartas se estão (quase) todos a desmoronar e isso assusta-me, sobretudo quando estou a falar daqueles casais que olhamos com admiração por serem (aparentemente, talvez) perfeitos. E as almas gémeas ?e as caras-metades ? e aqueles que foram feitos um para o outro? Não posso crer que sejam mitos... Por outro lado diz-se que para melhor muda-se sempre e o que tem que ser, é -hum....faz algum sentido. teorias à parte a pergunta que me assolou de imediato foi: quando ,quanto tempo falta para que chegue a minha vez...digam-me que não estou a ser imbecil e que também vos passa pela cabeça, ao saber de cada vez mais histórias de relações de amigos que terminam, que o Amor tem dias contados e que tal como tudo na vida há um princípio, um meio e um fim. Mas não, não posso acreditar que não existem de facto amores verdadeiros e eternos. Têm que haver, senão nada faz sentido. Neste momento e mais uma vez nada parece mesmo fazer sentido, porque bem sei que nada é seguro nem dado como garantido, há que trabalhar e alimentar o Amor e a relação, mas a verdade é que cada vez mais há mais e imediatos estímulos exteriores que não podemos nem conseguimos controlar. Afinal todos queremos segurança, companhia, partilha, aventura, liberdade paixão, cumplicidade, amizade, poder, sexo, compreensão, rotina, experiências, encosto, momentos, dedicação, confiança, tesão, amparo, base, novidade, mas encontrar tudo isto numa só pessoa e sobretudo em sintonia parece uma tarefa quase impossível. Será que é mesmo isto ou não passa de mais uma série de desculpas para justificar o facto de afinal sofrermos todos de insatisfação crónica? Penso melhor, relembro , observo e questiono-me: se a separação é quase sempre uma libertação, porque nos controlamos ou contemos nós durante tanto tempo? Amar não devia ser assim...enfim
(Foto tirada por mim com Yashica TL electro X +Fuji superia 200 @ Estoril)
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