domingo, 24 de fevereiro de 2013

Cartas de amor #

Não foi numa caixa com 30 mil fotografias e negativos de meados dos anos 50, de um fotógrafo desconhecido compradas num leilão, do lado de lá do Atlântico. Foi um maço com duas dezenas de cartas, dos anos 30 que regateei por uma nota de 5 euros numa destas idas á feira da ladra. Só agora perdi tempo a lê-las do princípio ao fim. Só agora percebi porque suspiravam tanto as nossas antepassadas, não é ficção é a verdade que aqui está descrita em afectos e palavras. Só agora descobri os segredos do Jorge. Só agora percebi porque não consegui trazer mais um molho de cartas por achar que o "vendedor" me estava a enganar, não baixando do  euro por carta (que sim sai caro para quem não tem dinheiro e é só uma curiosa). Mas só agora percebi que tenho uma relíquia tão bela como as fotografias duma ama solitária entre mãos.



O pormenor do canto virado escrito " O amor é triste quando os corações estam longes" é simplesmente delicioso (pobre Lília, mal deveria saber que  não era a única a sofrer de Amor pelo Jorge, que também derretia o coração da Menina Maria Felismina mais a sul)

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