sábado, 2 de março de 2013

Vira o disco e toca o mesmo...

É sobretudo nestes dias, de grandes manifestações que me sinto mais perdida. já cheguei a um ponto em que deixei de acreditar nos políticos , nestes, nos que estiveram antes e nos que estão para vir. Mas será que ainda alguém vive na ilusão que não é preciso haver alguma austeridade? Acham mesmo que a solução é demitir este ministro e respectivo Governo? O que acham que se segue ? eu digo: regressam os que estavam lá antes, dá mais uma volta aqui e outra acolá e daqui a uns tempos lá estamos aflitos outra vez e porquê ? porque não admitimos que é preciso fazermos alguns sacrifícios, fruto da desonestidade política destes e dos que já lá estiveram.Estamos num tempo em que todos opinam, antigos e actuais governantes e presidentes. diariamente ouvimos a dizer o que está mal e o que devia ser feito, mas não foram eles que deixaram negócios de estado ruinosos acontecer e pouco ou nada o fizeram para impedir? Não entendo esta cacafonia ...há aqui uma co-responsabilidade de décadas, todos são o perfeito exemplo do dilema de causalidade e duma vez por todas temos que os encostar à parede, exigir responsabilidade e não deixar que fujam dela. Não os empurrem dali para fora, exijam antes que cortem na despesa e aliviem as nossas cargas fiscais e por fim juntem-se todos, estes, aqueles e todos os outros que estão cheios de opiniões e ideias e duma vez por todas resolvam a trapalhada em que se e nos colocaram, encontrem soluções e não nos escondam nada. Não sei em que ponto estamos e talvez seja por mea culpa, por ter escolhido a bem da minha sanidade mental não ler, ver, ouvir todos os dias notícias. Sei o que se passa pelo pior dos motivos. Pela minha conta no final do mês, pelas ruas mais vazias, pelas placas do vende-se e aluga-se, pelos meus amigos que arregaçaram as mãos, fizeram as malas e partiram e disseram basta ! Estou perdida porque não sei o que posso fazer, para sair desta terra da fraternidade. O povo é quem mais ordena, mas isso na pratica significa o quê: um por todos e todos por um? Pois, não sei....sei que o povo é quem vai ás urnas escolher quem quer ver a liderar e metade desse posso normalmente opta por não ir e a outra metade está limitada aos "poderosos" (como pessoas que ambicionam o poder) de sempre. Nada vai mudar sem haver uma mudança drástica e é isso que me deixa perdida. A minha luta é diária, desde que acordo até que me deito, ao educar a minha filha, ao dar-me com excelência no trabalho, ao estar atenta a quem precisa, ao ajudar o próximo, ao amar os meus amigos, ao ser uma cidadã consciente. Luto diariamente desde sou crescida. Já pouco me comove mas ainda muito me move. As palavras são importantes, os gritos são precisos mas é preciso agir.  Sou idealista mas não tenho perfil para governar e só posso fazer aquilo que está ao meu alcance  e é isso que tento fazer diariamente. Mas depois pergunto-me é suficiente?  Deixei de acreditar sim, nestes políticos e nos governos, na Europa e da Banca, nos que têm o poder de mudar tudo com um simples pestanejar.  Mas quero continuar a acreditar nas pessoas. Esta apatia é grave mas a vida é feita de pequenos nadas. Se alguém tiver uma boa ideia então faça o favor de me comunicar .

Sem comentários:

Enviar um comentário