É verdade, ter um filho muda tudo. E mesmo que nos digam isso, e nos avisem, e nos relatem todas as experiências traumáticas pós-parto, e que leia-mos todos os post de baby blogues a descrever todas as etapas em modo :mas porquê é que ninguém me disse que isto ia ser assim para sempre! não há nada como desejar e ter um bebé, um filho, o primeiro e único. Por mais que estejamos preparadas, nunca estaremos. Mas esse desconhecido e essa aprendizagem também é fascinante mesmo que na maior parte das vezes a designemos por frustrante. A natureza encarregar-se-á de colocar o que tem de ser no lugar e por isso é que nos lembramos de umas coisas e outras não. No primeiro e único. Na verdade não há como viver as coisas e passar por elas para realmente chamar as coisas pelos nomes e agora tudo aquilo que já gritei, por aqui e por ali , está transformar-se em momentos de nostalgia. Tenho saudades de ter a minha bebé, a primeira e única, no meu colo e até vou mais longe afirmando que se pudesse voltava tudo para trás e recomeçava de novo. Mas com a primeira e única. Agora, depois de passar por tudo e saber de tudo o que vai acabar por passar (tenha lá que feitio) é que é um grande acto de ....confesso que me baralho nos termos e na descrição dos sentimentos. A verdade é que por momentos imaginei que estava grávida e em vez de ficar radiante e emocionada, como aconteceu na primeira e única, fiquei cheia de medo e em pânico e a ver a minha vida toda a andar para trás, mas não do modo em que eu o projecto. não é lá um bom começo, pois não? Como cada vez mais tenho a certeza que ter um filho tem que ser um acto consciente, de amor e entrega absoluta e que tudo (absolutamente) tudo passa para eles já no ventre, só posso dizer que não estou preparada e isso é mais que certo. Traumas é que não e arrependimentos muito menos, mas na verdade até posso estar a dar um tiro no pé....
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