quinta-feira, 24 de abril de 2014

Hoje chove, mas amanhã (vai) faz (er) sol!

Acho que já por aqui desabafei sobre a sensibilidade que a minha filha tem, em adivinhar coisas que estão por ou a acontecer, mas que ainda não foram reveladas....E hoje há particularmente uma frase dela a dar-me a volta à cabeça. Completei ontem as 28 semanas e tive direito a ecografia para perceber se as diabetes estão ou não a fazer das suas à bebé e mais uma vez saí de lá radiante ! Ela é perfeita, elegante e tal como a irmã , grande e eu sou uma grávida exemplar, contra todas as expectativas da idade e do excesso de peso inicial. Até desabafei o seguinte a quem me tem seguido, ajudado e acompanhado na saga da meternidade  : "Só para dizer que hoje completo 28 semanas, a miúda está óptima - é grande e não gorda, as diabetes estão controladas, a azia foi passageira, continuo a perder peso, já consigo comprar roupa em lojas normais, já tenho vontade de meter perfume e mesmo que esteja quase nos 40, sinto-me uma miúda e sobretudo estou estupidamente feliz ! (obrigada)". Se ontem estava nas nuvens, hoje pregaram-me a pior das rasteiras e anunciaram-me aquilo que mais temia, desde que engravidei- sendo que à medida que faço o rescaldo da notícia e me acalmo menos importância lhe estou a dar e espero que com razão- uma cesariana porque a miúda se apresenta sentada...Factor que por esta altura do campeonato não pensei que fosse (e não pode ser) tão relevante, mesmo que seja diabética gestacional. Estou a ser seguida no público e por isso tudo isto me fez ainda mais confusão, pensei que fossem um pouco mais humanos, mas realmente tratam-nos a todas por igual (o que até entendo até um certo ponto) sendo que sinto que têm muito pouca sensibilidade para este momento tão, mas tão especial e particular na vida duma mulher, que vai dar à luz. Sim, dar á luz...não é ser cortada e tratara como se fosse doente (sim posso estar a exagerar) . Se pudessem perceber por exemplo, a importância que para algumas de nós , é essencial que o pai (sim o progenitor daquele ser que vai nascer) esteja a nosso lado e o impacto que isso tem não só naquele instante mas sobretudo no pós-parto e daí por diante, acho que se poderiam evitar muitas complicações, traumas ou mesmo depressões, numa altura em que as hormonas só nos parecem querer tramar, em vez de ajudar. Enfim, poderia estar para aqui horas a falar mas estou demasiado abalada e afinal o que queria partilhar foi uma das primeiras coisas que a minha filha me disse quando descobriu que eu estava grávida e que ela iria ter uma irmã. No fundo foi uma preocupação, que me deixou boquiaberta por desconhecer que ela já percebia qualquer coisa disto dos bebés. - Ó mãe mas eu não quero que te cortem a barriga para ele sair! Tem que sair pelo pipi, está bem?-  como já tinha escrito numa das crónicas dum nascimento anunciado.... Não é ligeiramente assustador? Agora só preciso de me manter calma e procurar segundas opiniões, porque acho que a médica só pode estar a precisar dumas férias (ou de ir repetir o curso).

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