quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Sobre e uma revelação

Ontem, tive a digitalizar os rolos já revelados das férias. Foram muito menos do que esperava pois houve uma série de contratempos que incluíram uma meia semana a tirar fotos com um rolo imaginário (sim, a máquina não tinha rolo) e a outra meia com um rolo mal metido. Depois é a logística ,de passar o dia na praia com uma criança aventureira e irrequieta e uma bebé ainda mais aventureira e que resolveu começar a dar os seus primeiros passos nos areais , alguns só nossos (sim, em Agosto e em Portugal) , entre guardasóis, lancheiras, toalhas e muito pouco brinquedos , água do mar e muita areia  à mistura. A expectativa é sempre muita...sobretudo com máquinas muito antigas e rolos fora de validade e alguns dias não tão azuis e crianças irrequietas, mas o resultado é sempre surprrendente, para o bom e para o mau. As que imaginámos ficarem perfeitas não ficam assim tão boas e depois há tão boas surpresas que quase valem por um rolo todo perdido. Mas o que me trás aqui, para além do facto de anunciar que finalmente regresso e dou vida ao meu Tumbrl pessoal, tem a ver com algo que mexeu mesmo comigo na revelação da minha imagem. E agora para algo completamente diferente... Escolhi usar biquini durante as férias. O fato de banho "sufucou-me". Para que se contextualize é talvez melhor regressar atrás aos meus problemas de excesso de peso, que continuam em modo iô-iô, sendo que nunca mais fui a mesma antes de ser mãe, nem de perto nem de longe. Mas garanto que a forma como me vejo e sinto não tem nada que ver com a obesidade que tinha antes de engravidar pela segunda vez. Até posso estar a pesar exactamente o mesmo, mas na verdade não me sinto tão imensamente pesada. e atenção isto no sentido literal e poético da coisa. O que por um lado é positivo (isto de me sentir relativamente bem com o estado do meu corpo), por outro , na revelação da minha imagem nas fotografias foi provavelmente uma catartase. Uma tragédia, que para além da minha depressão pós férias, era tudo aquilo que não precisava neste momento. Não sei se ria se chore. Se fique contente, ou triste por ainda ser Verão. Se isto me vai atirar de vez ao chão ou me vou conseguir levantar de vez. Sei que as vou guardar, pois mesmo que poucas e em má forma são as que me ligam hoje agora ás minhas filhas. Salva-me a felicidade estampada no rosto, mas o corpo está uma desgraça, de tão obeso que afinal ainda está. Que porra ! 

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