segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Caderno das respostas

Talvez o que ainda me prenda ao facebook é a ligação a pessoas que me interessam (com as quais vou aprendendo qualquer coisa) e a informação que circula (entre essas pessoas que interessam). Do resto tenho-me vindo a desligar e infelizmente por vezes chegam-me aos olhos coisas que não precisava nem queria ver, muito por parte desta interligação universal. Enfim. Foi então um feliz acaso, ter percebido que ia acontecer qualquer coisa , pelo bairro, num dia em que fazia frio e vento e chuviscava e até entretinha as crianças. Depois foi perceber que era sobre um dos nossos temas preferidos, num sítio que queríamos muito conhecer. O que um livro pode, na rua das gaivotas 6 ( um espaço do Teatro Praga ). UaU. Foi reencontrar os senhores que já me conhecem da feira do livro ( que engraçado), por detrás de todas aquelas guloseimas, das quais tinha jurado não me aproximar depois do desvairo, precisamente na feira do livro deste ano. Foi coincidir com a apresentação flash de muitos livros, com muitos dos ilustradores que tanto admiro- não estão bem a ver as minhas borboletas na barriga, ai se eu soubesse tinha levado a biblioteca atrás para me autografarem todo, todinhos. Foram as lindas ilustrações expostas na parede, assim só por elas. Foram as ilhas onde as crianças podiam brincar e pintar e desenhar e colar e encaixar e brincar e ilustrar ( e ligar e desligar o interruptor- desporto preferido da minúscula). E depois as novidades e as boas surpresas. Prometo regressar com as listas de desejos, mas tenho que falar dum caderno : Caderno das respostas: que ( tal como aqueles típicos dos bebés) tem a particularidade de registar os pensamentos das crianças dos 3 aos 10 anos, precisamente em cada uma destas etapas da sua vida. Não tenho a certeza se este saudosismo é um sentimento típico português, mas quem não tem curiosidade em olhar para trás e perceber quem éramos, como éramos, o que fazíamos e de que e quem gostávamos, o que nos fazia feliz ou do que tínhamos medo...Escrever com eles o que pensam à medida que vão crescendo, juntamente com algumas actividades lúdicas bem giras ( como desenhar a planta da nossa casa como se fosse um mapa), também pode ser uma forma de os conhecermos e ajudarmos ainda melhor.


Eu por exemplo tenho lá em casa uma miúda de 6 anos, acabada de entrar na primária e que ( já?!) anda em modo adolescente. Neste momento só Quero mesmo acreditar que ela vai confiar em mim para a ajudar a encontrar as suas dúvidas,medos e inquietações. É que " as perguntas são só o ponto de partida.

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