terça-feira, 23 de outubro de 2012

Macacos de imitação

A propósito de documentários, uma vez que anda por aí o DocLisboa, relanço uma questão  levantada em "what makes us humans?" passado há uns tempos na 2: e que sempre me fez pensar. Deram a um macaco uma tela, pincéis e tintas e ele pintou vários quadros. Levaram um desses quadros ( sem identificar o autor) a uma galeria e uma perita em arte esteve a analisa-lo e avaliou-o: Disse que era uma obra de arte, enquadrou-o num movimento artístico, elogiou-o, pensou ás tantas ser um Pollock, avaliou-o em cerca de 500 mil dólares, mais coisa menos coisa. Depois, o apresentador disse que era dum macaco e ela inverteu o discurso totalmente e disse que sendo assim não valia nada! Não entendo....é isto que nunca entendi! É claro que eles depois enquadram isto tudo muito bem ao avaliar os cérebros de humanos e macacos e a explicar as diferenças. Mas se o quadro valia por si só e era uma obra de arte, não me venham com histórias das cargas emocionais, sociais e culturais que servem para justificar tudo e mais alguma coisa. Será que tudo precisa de ter uma história e uma lógica para ser válido? E até que ponto isso justifica uma obra abstracta?

É esta a questão que aqui coloco e outra, afinal quais destes dois quadros será o do macaco, o da esquerda ou o da direita? (quem viu o documentário, abstém-se de votar, tá?)

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