A propósito de documentários, uma vez que anda por aí o DocLisboa, relanço uma questão levantada em "what makes us humans?" passado há uns tempos na 2: e que sempre me fez pensar. Deram a um macaco uma
tela, pincéis e tintas e ele pintou vários quadros. Levaram um desses
quadros ( sem identificar o autor) a uma galeria e uma perita em arte
esteve a analisa-lo e avaliou-o: Disse que era uma obra de arte,
enquadrou-o num movimento artístico, elogiou-o, pensou ás tantas ser um
Pollock, avaliou-o em cerca de 500 mil dólares, mais coisa menos coisa.
Depois, o apresentador disse que era dum macaco e ela inverteu o discurso
totalmente e disse que sendo assim não valia nada! Não entendo....é
isto que nunca entendi! É claro que eles depois enquadram isto tudo
muito bem ao avaliar os cérebros de humanos e macacos e a explicar as
diferenças. Mas se o quadro valia por si só e era uma obra de arte, não
me venham com histórias das cargas emocionais, sociais e culturais que
servem para justificar tudo e mais alguma coisa. Será que tudo precisa
de ter uma história e uma lógica para ser válido? E até que ponto isso
justifica uma obra abstracta?
É esta a questão que aqui coloco e outra, afinal quais destes dois quadros será o do macaco, o da esquerda ou o da direita? (quem viu o documentário, abstém-se de votar, tá?)
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