terça-feira, 3 de junho de 2014

Dias D decisivos e decrescentes


Na primeira não houve dúvidas: a barriga era enorme e desde cedo mo exclamavam (de certeza que não são gémeos?!- está não? quando ainda faltavam 2 meses) . De facto ela nasceu grande, como de resto todos os bebés na nossa família. Foi só nesta segunda que surgiu a palavra diabetes, depois de gerações de mães a parirem crianças com mais de 4 quilos. Iniciei dieta rigorosa e os valores teimaram em baixar, o que me levou ao plano b, a insulina. Depois foi (des)esperar cerca de mais dois meses até que finalmente os níveis em jejum estivessem estáveis, o que finalmente aconteceu quando regressámos de Paris. Fui perdendo peso, mas ela não. Depois avisaram-me que chegando a meio da viagem , novas hormonas entrariam em campo, o pâncreas iria ficar cada vez mais comprimido e teria certamente que ir aumentando a dose de insulina assim em crescendo. Mas isso nunca aconteceu e chegando ás 32 semanas acharam mesmo melhor reduzi-la pois a glicémia começava a ficar baixa demais e eu lá continua a perder peso- o que no terceiro trimestre também não é lá muito bom e muito menos comum. Mesmo antes disso, a segunda palavra proibida: cesariana, que chegou em má hora e à pessoa errada. Fiquei a bater mal e andei uns tempos demasiado ansiosa , sem que tivesse que ter razões para isso. Confesso que apesar de ás tantas me ter abstraído, não me esqueço daquele dia e pergunto-me constantemente quantas voltas terá ela dado entretanto. O grande dia é amanhã quando formos à ecografia das 34 semanas (a última) para saber se ela afinal está pélvica ou cefálica (de cabeça para cima ou de cabeça para baixo) e sobretudo se está a crescer como deve. É que não há quem diga que a minha barriga está bem....uns dizem que está bem grande, mas os outros acham que está demasiado pequena.Eu confesso que me sinto meio perdida e conto que amanhã me digam duma vez por todas o que me espera daqui a 6 semanas. Eu cá só queria não ter estas dúvidas na minha cabeça, porque gravidez mais santa que esta duvido que mais alguém tenha. 

auto-retrato ás 33 semanas

1 comentário:

  1. E nunca nenhum santo médico te disse que cada barriga é diferente (assim como cada gravidez, assim como cada bebé) e que a saúde da bebé não se mede pelo tamanho da mesma? Estará tudo óptimo, vais ver!

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