segunda-feira, 14 de julho de 2014

Se me estou a multiplicar, porque me sinto tão dividida?

Não consigo encontrar as palavras para descrever aquilo que estou a sentir e sobretudo que senti, quando hoje me despedi da minha filha única, para tentar concentrar-me agora e por alguns instantes na outra que aí vem (contracção). Já ontem enquanto a adormecia, me escorriam as lágrimas nos olhos....foram quase 5 anos de um Amor tão grande, tão incondicional, tão mais-que-perfeito e tão cheio de muito mais do que algum dia poderia ter imaginado, tão cúmplice, tão só nosso...(contracção). Agora e tal como lhe expliquei, o meu coração vai crescer e o dela também, para que possa haver espaço para a chegada da minha outra filha, sua irmã. Mas mesmo assim o meu coração continua apertado....Quem disse que ter um segundo filho é muito mais fácil só pode estar a mentir...Estou infinitas vezes mais ansiosa, nervosa e preocupada que da primeira vez, em que até ia bem preparada, mas no fundo ia para o desconhecido. Agora não, sei perfeitamente o que vai acontecer e isso assusta-me para caraças (contracção). Não tenho andado focada e nem tenho tido tempo para me preparar , acho que no fundo até sou eu que ando para aqui a adiar e nem tenho partilhado com o pai este momento, que tem mesmo que ser só nosso, do princípio ao fim. Agora, que a hora se aproxima sinto-me mais sozinha que nunca e temo falhar. Preciso de me concentrar e para isso precisei de dizer adeus , até amanhã à minha filha única, e é esse momento que jamais irei esquecer....a forma carinhosa como ela beijou a minha barriga, onde a teimosa da sua irmã (contracção) teima em ficar, a abraçou e se despediu num comovido e sentido então até amanhã, nos meus braços, deixou-me de rastos de comoção. Hoje e agora só cá estamos os dois (e quando não estamos os três parece que já não faz sentido) mas amanhã seremos quatro...e a minha filha, vai deixar de ser a única, porque única, continuará a ser sempre. Minha querida Laura, amo-te ! Querido, dá-me a tua mão, preciso de ti mais que nunca. Júlia, chegou a hora....até já ! 

Perdoem a esta mãe a lamechice que se segue, mas ...tem que ser....
 

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