segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Amizade - coisas sérias a brincar

A melhor amiga da minha filha ( que mudou de cidade no dia a seguir à festa de anos) ofereceu-lhe este livro, que lido nessa mesma noite me deixou verdadeiramente comovida. Por tudo e por ser um simples nada. O tema amizade é-me muito delicado, como aliás já aqui vim "chorar" várias vezes. Curiosamente, cada vez mais, leio pessoas a "queixarem-se" do mesmo (então o que poderá estar errado?). Não sei se é da maternidade ou da idade, mas na verdade não sei quem são os meus amigos, ou pior, se os tenho. Sobretudo depois de ler este livro.


A impressão que tenho é que as pessoas andam demasiado ocupadas com as suas vidas , o que até considero perfeitamente legitimo, mas depois fecham-se ás mudanças ou ás novidades ou ás sugestões ou à simples entrega de quem chega com a melhor das intenções e pura e simplesmente só quer estar ali um bom bocado. Deixam de se falar, mesmo que de banalidades, encontrando desculpas no que não tem desculpa nenhuma. Complica-se por tudo e por nada. Tem-se medo e preconceitos de tudo e de nada e por isso não se fala de coração aberto. São muito pouco elásticas  e azedam por tudo e por nada. Subtraem em vez de somar . Aliás, o que se soma são mal-entendidos e o dito por não dito. Construímos barreiras através de mensagens e das redes sociais, porque por ali só existem filtros e não-realidades. Falta a voz, o tom, o olhar, a expressão, o toque. Gera-se alguma apatia e silêncios profundos. A mim custa-me muito. A minha única culpa é ser infantil e talvez por não ter quase nada, investir sempre tudo . Ás vezes vou com tanta confiança que até me esqueço que algumas são ervas daninhas. Devia arrancá-las e não insistir em regar. 


E pronto é isto, o Universo continua a mandar-me mensagens e eu só tenho é que lhe agradecer. Sobretudo por me ter dado filhas incríveis, com amigos maravilhosos que têm pais fantásticos e que no fundo são hoje, tudo o que tenho. Bem bom.

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