quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Para melhor muda-se sempre?

Estamos em início de processo de mudança de casa, uma vez que a nossa renda está a tornar-se bastante cara  (com continuação de previsão de salários em atraso) e com a chegada de uma nova criança, não vai haver espaço para todos. E é aqui que começam todos os "problemas" ou vá questões ás quais me levam a colocar ainda mais perguntas... Por mim ia morar para o campo, onde havia espaço e mais liberdade de brincar na rua, onde se ia a pé ou de bicicleta para todo o lado e o carro só fosse preciso para as viagens, onde se viam as estrelas à noite e não se ouviam os barulhos da cidade, onde eu tivesse o meu jardim e um baloiço- Mas sobre  isto já estou farta de falar e segundo a outra metade da família isso é impossível e incomportável. Na verdade eu e as minhas irmãs herdamos um prédio, com pessoas lá dentro a pagarem rendas do tempo do outro senhor e com casas vazias abandonadas há 20 anos,a precisar de obras que custam o dinheiro que nós não temos. Seria necessário um pequeno investimento inicial mas que no fundo depois não seria preciso muito mais...A questão é que não é uma casa que eu adore e muito menos numa zona que me diga qualquer coisa. Adapta-mo-nos a tudo, é verdade e certamente tem muitas outras coisas boas, mas não são realmente aquelas com as quais me identifique. Depois começo a pensar que não estamos em altura de ser esquisitos e que temos que nos ajustar à realidade e ao que temos. Mas... Mas caramba eu adoro o bairro e a zona onde vivo, apesar de querer mudar para uma rua acima por causa do barulho nocturno ( que sim é um grande problema). Mas durante o dia é o melhor lugar para se estar e o que tem mais haver comigo. Não preciso de muitos luxos nem de passeios largos e planos, nem de centros comerciais, nem de gente pindérica, nem que o carro seja o centro das atenções. Preciso de jardins e parques infantis e comércio tradicional,  de mercados aos fim de semana e andar a pé para todo o lado,  de ver o rio e de ouvir os sinos das igrejas no fim do dia, preciso de gente diversificada e diferente, preciso que haja escolas ao lado de casa, preciso que haja uma piscina com natação para as miúdas,  das colinas, miradouros e esplanadas,  de vizinhos que se cumprimentem e se entre-ajudem, dos carris de eléctricos e de muitas árvores, ruas apertadas e becos, de uma churrascaria, uma peixaria, um talho, um restaurante de hambúrgueres, um chinês e um indiano a dois passos de casa, e de pão fresco, de sair à noite e vir a pé para casa. Pois, parece que estou muito bem mal habituada...tenho procurado coisas , para vender ou alugar mas ou ando a ver nos sítios errados ou simplesmente não há oferta nenhuma ( ou então são os meus valores que estão abaixo do mercado). Seja como for estou a viver mais um dilema que nesta fase do campeonato não precisava para nada e por isso gostava de saber se haverá por aí alguma luz que me mostre o caminho. Aquela coisa a que chamaram de treta dos astros tem a sua dose de razão...O que eu quero ,  o que eu posso  e o que eu devo é demasiado distante. Mas só eu sei o que me faria feliz...E se tivesse um pedaço e terra ou mesmo um jardim era o que bastava para puder ser em qualquer parte.

2 comentários:

  1. Respostas
    1. o pai diz que sabe desde o primeiro momento, eu só terei a certeza em Março, mas o que eu queria mesmo dizer era: crianças ;-)

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