segunda-feira, 6 de julho de 2015

Tele-transporte até à Croácia

Este post tem 7 anos e está no meu antigo e escondido blogue . Fala da nossa viagem inesquecível pela Croácia e coloco-o aqui hoje, nem sei bem porquê. Talvez porque são várias as vezes em que tenho flashes que me tele transportam daqui para  o por-do-sol em Zadar, ou um bar em Zagreb, ou o pontão em Dubrovnik, ou para um autocarro entre Sibenik e Split, ou como agora mesmo o passeio até Hvar.O post original tem um filme, mas está tão piroso (aliás como o texto) , que prefiro apagar e ir vasculhar o arquivo de fotos e daqui a nada venho completar o post, vale?

A manhã estava cinzenta, mas pelo menos não chovia, quando nos dirigimos ao cais para comprar os bilhetes para a ilha de Hvar- é de informar que só há 3 barcos por dia e que o último partia da ilha ás 17:30 senão teríamos que lá ficar para o dia seguinte, o que não dava lá muito jeito uma vez que as nossas bagagens estavam guardadas do hotel no qual já tínhamos feito o check out. Aventuras por agora chegavam, mas não para já! O ferry era enorme (quase tão grande como o que me levou para África uns tempos atrás), ficámos quase sempre no convés a apanhar ar e a quase voar sempre na esperança de ver as nuvens a abrir quando elas insistiam em ficar cada vez mais negras...A viagem dura mais de uma hora, por isso ao aproximar-mo-nos de Hvar, passando por entre Solta e Brac,eis que o céu se abria e já em pleno Adriático o Sol brilhava e de que maneira! Metemo-nos no autocarro porque ainda teríamos uns 15 minutos para atravessar a ilha árida e cheia de campos de alfazema até chegar á principal cidade, Hvar. Não me lembro se já falei das senhoras que estão em todos os terminais a “oferecer” quartos/rooms/zimmer/chambre/sobe, mas as típicas velhotas até aqui se atropelavam quando a porta do autocarro se abria! Estas eram especialmente catitas, confesso e o ambiente à chegada foi até bem acolhedor. A pequeníssima vila é uma delícia: Entra-se por uma grande praça estreita, ladeada por edifícos em pedra todos impecáveis, sendo que num dos topos (por onde chegamos) estava uma belíssima Catedral e no outro o porto cheio de barcos á vela- O cartão de visita não podia ser melhor.Depois foi dar passeios de reconhecimento, rua acima rua abaixo, nas estreitas vielas mas muito bem cuidadas e com a particularidade do colorido pontual nas portadas das janelas num azul quase tão intenso como do mar que rodeia a ilha. Subimos até ao Castelo onde tivemos a oportunidade de perceber com funcionava tudo lá em baixo e ainda com o brinde duma sinfonia de todos os sinos de todas as igrejas, que habitualmente ouvimos em qualquer cidade, mas que aqui tiveram um efeito mais intenso e sonoro. Lembrei-me agora de que a maioria é muito religiosa e tem um profundo respeito por todos os símbolos cristãos- eram mesmo muitos os que ao passar diante duma igreja ou dum santo se benziam. Enternecedor. Na descida fui aliciada pelo perfume que pairava no ar e não pude deixar de comprar uns saquinhos de alfazema que é o produto mais que local. O sol e a passeata abriram-nos o apetite e lá nos tivemos que instalar numa esplanada esplendorosa a beber um caneção de cerveja e comer uma deliciosa pizza por muito pouco e tendo tudo a nossos pés- O sol, o mar, as pessoas, a vida! A digestão, essa foi feita à beira da água, escarrapachados nas rochas simplesmente a gozar...Mais um passeio até ao silencioso mosteiro franciscano, sempre seguidos pelo mar e pelo sol e por mais vielas estreitas com escadarias cheias de História. Por fim o regresso...
A partida do autocarro, a vista da fantástica estrada que me levou a sonhar em estar ali com a minha Vespa e com os cabelos ao vento, o regresso no barco vazio onde simplesmente nos deitámos um sobre o outro e com os pés descalços desfrutamos de tudo o que tínhamos direito. A chegada a split ainda nos proporcionou um fantástico pôr-do-sol entre o céu e a terra. Agora era tempo de seguir viagem e depois de irmos ao Hotel buscar as bagagens em direcção ao autocarro que nos levaria pela noite até Zadar. Quase fizemos as pazes com Split ,que finalmente brilhou na hora da despedida.

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