quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Sobre o desconhecido e o medo

Parte deste post já o tinha escrito há uns dias, quando o  maldito facebook , resolveu mostrar um post dum amigo de um dos meus amigos ( não falo da dita  coluna do lado direito que está sempre a dizer o que fazem e deixam de fazer, que essa já desactivei há muito tempo) de carácter amargurado ,cheio de ódio e revolta, mas também xenófobo e racista. Fiquei ainda mais chateada , quando depois de fazer queixa, o facebook achar que ele não estava ser assim tão incorrecto. Ok a política da "liberdade " de expressão não obedece à declaração universal de direitos humanos, como sou tão "ingénua". Esteve aqui a arrefecer ideias, até que hoje descobri um livro especial...

Não sou a pessoa mais informada do mundo. Também tive péssimos professores de história e a dada altura estudar ,para mim, era só uma obrigação, onde o importante era decorar e ter boas notas . Como consequência sou uma inculta. Mas tenho a meu ver algo muito mais importante e valioso, aos dias e aos acontecimentos históricos actuais, tenho educação e sobretudo valores. Universais. Respeito. Dignidade.Liberdade. Porque sou ignorante, não julgo raças, cores, religiões, políticas. Acredito que todos somos diferentes, mas nascemos iguais . Não preciso de respostas para tudo, é um peso demasiado grande para uma vida tão curta, aliás porque não há verdades absolutas. Tenho consciência que o mundo é gigante e tem de tudo, em toda a parte. tudo e de todos. Por toda a parte. Para além dos jornais e telejornais nacionais, que já desisti de ver porque são todos demasiado sensacionalistas e sobretudo tendenciosos, existem as redes sociais e a "informação" voa a uma velocidade tão demasiadamente rápida que na maior parte das vezes as pessoas nem lêem o que partilham, ou partilham o que não interessa nada em ler. E por detrás dela, onde no fundo podemos ser quem quisermos, porque nos conseguimos esconder em anonimatos cobardes, somos confrontados com tudo e mais alguma coisa, sem filtro dizem uns de dedo orgulhoso e outros sem filtro rigorosamente nenhum na linguagem e sobretudo no pensamento. Sempre existiram estas pessoas, não sou assim tão ignorante, mas agora estão por todo o lado , mesmo quando não fazem parte das nossas vidas e círculos e ás vezes é mesmo impossível não ficar indiferente. Por ser tão perigoso entre gente adulta, custa-me horrores ver perfis de crianças assim à beira de tanta desinformação e só espero que isto daqui a um par de anos já tenho mudado, ou eu tenha forças e lucidez para o conseguir explicar à minha mais velha.  Dói e dá medo, aquilo que vejo a passar e se na maior parte das vezes tento ignorar , por dentro fervilho. Não é por mim, mas pelo futuro. Pelas minhas filhas. Quero tanto acreditar que lhes estou a dar as ferramentas necessárias para se tornarem pessoas bem amadas, conscientes, respeitadoras, tolerantes, felizes, seguras , generosas, educadas, empáticas , curiosas e sonhadoras. Tenho consciência que é das tarefas mais difíceis ( e sim arrisco a dizer ingratas) que tenho que construir todos os dias e que isso envolve tempo, dedicação  e Amor. Por isso invisto o que posso e com o que posso. Ainda não vi o livro, e espero não estar enganada, mas tem tanto e tudo a ver com os dias que correm, que não resisto e acho que vou já buscar um para nós. Volto já.
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