terça-feira, 12 de janeiro de 2016

A importância de ensinar, nem que seja a brincar

Crianças têm mais capacidade de ver o mundo sem preconceitos e julgamentos do que os adultos. Essa habilidade de entender o novo e o diferente faz com que a gente tenha muito a aprender observando os pequenos. Afinal de contas, o mundo existe para ser explorado!

Eu ainda não consegui perceber se é tão linear assim. As crianças não aceitam bem todas as diferenças e a sua inocência , tão pura , rapidamente pode pode ser confundida com alguma crueldade. A chamada verdade pura e dura.  Para o bem e para o mal. Muito porque ainda não têm filtros é certo, mas que vão magoando, vão. Eles dizem o que vêem e o que vêem são pessoas com olhos tortos, ou gordas, ou anãs, ou sem cabelo, ou coxas, ou que falam diferente, ou que têm uma cor diferente, ou que agem de forma diferente, os simplesmente são diferentes. Explicamos que nas diferenças é que está a beleza da vida, mas bem sabemos que nós próprios na maior parte das vezes queremos é ser iguais a todos os outros. Pelo menos em fases das nossas vidas- estou a lembrar-me da adolescência. Mas isso tem outro nome, insegurança e falta de amor próprio. E isso ensina-se em casa e deveria ser desde cedinho. Mas infelizmente não é assim, por todas as razões e mais alguma. E depois é o que se vê nos recreios das escolas. Cada vez mais cedo e cada vez com maior agressividade. Acho que não estou a exagerar. Não só nas escolas públicas, onde existem precisamente mais crianças diferentes, mas nas privadas também ( com outros requintes de malvadez). Isto da consciência das diferenças até foi um assunto que já aqui vim desabafar, mas agora são os relatos que vou ouvindo, que me deixam incomodada e , como sempre, com vontade de agir. É que os miúdos gozam absolutamente com tudo, até com aquilo que nem tem motivos para ser gozado. De repente sou transportada para há 20 anos atrás quando fazia  e coordenava campos de férias e onde dedicava a minha pesquisa e imaginação a criar jogos para fazermos em grupo. A ver se vou revirar a papelada e sobretudo arruma aqui as gavetas de cima é que por incrível que pareça , agora é muito mais difícil pesquisar.... é tanta mas desinformação, tanto lixo que temos que levar pelo meio....Não, não quero vídeo jogos, nem vídeos virais , nem aplicações de isto ou aquilo....Também não quero que seja preciso ir tirar mais um ou dois cursos superiores para conseguir ajudar , por meio de jogos simples e práticos, a "explicar" que as diferenças existem (género, raça, religião, forma, formato e feitio) e que deveriam ser respeitadas. A brincar, que no fundo elas são crianças e já perdem demasiado tempo a trabalhar que nem os crescidos. Para depois ter outra tarefa ainda mais difícil, que é chegar aos adultos, da escola e tentar dizer-lhe que até podiam fazer isto e aquilo , assim de vez em quando, sem grandes recursos ou custos. Acho que não estou a exagerar, pois não?  Enquanto vou investigando e recolhendo informações deixo aqui uma lista de livros ( a maior parte deles não existe em Portugal, mas existem em português do Brasil) que parece milagrosamente me passou pela frente ( ok, isto do excesso de informação nem sempre é mau, dá é só muito mais trabalho). São os 13 livros infantis para ensinar a importância dos direitos humanos às crianças. 



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