terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

L vai para a escola- Método fonético ou visual

Método fonético ou método global (visual) ? Ora lá está uma questão que nunca me tinha questionado, talvez porque só agora, com a entrada da miúda para a primária é que me vejo confrontada com estas novas formas de ensinar. Digo novas para mim, calma. Também a questão dos diversos movimentos Montessouri, Piaget, Moderno, Freinet, João de Deus, nunca foram uma questão porque nem sabia que existiam ou vá, quanto muito no que os caracterizava . Nunca me questionei, porque nunca imaginei que houvessem tantas diferenças ou vá, que deduzi que o sistema público de ensino escolar fosse igual em todo o lado.Seja como for não interessa assim muito porque afinal os professores são colocados todos os anos por concurso. É tudo uma questão de sorte ou de falta dela .  Será que deveria saber tudo isto? Talvez. Percebi que havia diferenças ainda antes de o ano começar, quando fui comprar os manuais escolares, mas foi quando o seu livro de leitura e o caderno de leitura se começou a compôr, que é a ferramenta que estão a utilizar como método de aprendizagem, que comecei a ficar baralhada. Não me lembro nada de ter aprendido assim, visualmente. Lembro-me das sílabas, dos ditongos da fonética. Talvez tenha sido por isso que este método me esteja a fazer alguma confusão. primeiro porque (ainda) não o entendo, depois porque me parece que não é a decorar as palavras pela sua forma /imagem que se percebe o bé-á-bá da nossa língua. E então se ela é traiçoeira. Investigo portanto, numa tentativa de não perder o fio à meada, mas sobretudo porque quero estar presente nesta etapa tão importante que é a aprendizagem. Encontro a Cartilha Maternal e identifico-me logo com o método (tenho que ligar à minha mãe para me tirar esta dúvida e ver se ainda consigo resgatar do sótão os meus cadernos da primária). Nesse texto da Sara, também encontro pela primeira vez a designação de Método fonético ou método global (visual) e encontro este texto, com o qual também me identifico: "O primeiro ano deverá ser dedicado à integração na turma e à aprendizagem de comportamentos disciplinados na aula, de regras de segurança, visitas de estudo aos empregos dos pais, a locais históricos, e quanto mais cedo melhor. Pode-se ir aprendendo o alfabeto e os algarismos, construindo sílabas e aprendendo somas até 20 – mas não se deve tentar que logo no primeiro ano aprendam tudo, pois o aluno, sobrecarregado, ficará desapontado logo no primeiro ano da escolaridade."  Ai, que agora lembrei-me duma entrevista que ouvi (aliás não consegui ouvir até ao fim) na semana passada, dum desses tipos ricos que se fartam, a dizer que as crianças têm que aprender desde cedo a ser competitivas porque senão não vão ser ninguém na vida  e que acha muito bem que haja exames a todo o dia e toda a hora, para se fazerem homens e mulheres. bah. já fiquei de  novo agoniada. Mas isso agora não interessa nada. O que eu queria é que me contassem experiências, o que têm a dizer sobre o modo como andam a ensinar (espero eu) os nossos filhos. Agora é que é, aquilo que importa a base do que se começa a construir. Talvez seja por isso que me veja tão empenhada em que ela ganhe gosto no conhecimento e que se entusiasme com o mundo. Talvez seja por isso que um simples jogo como o da forca , tenha sido uma bela maneira de estudarmos as palavras ,do livro de leitura,  no Domingo de manhã. Talvez seja por ter uns pais inquietos e criativos que ela se divirta tanto a inventar formas e desenhos a partir duma linha ou de um ponto ( na última foto a caneta azul é do pai e a vermelha é dela). Talvez esteja afinal no bom caminho e não saiba. Mas vá contem-me tudo.


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